sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

OK Go - Analogias visuais incríveis

OK Go - Analogias visuais incríveis


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   Você já parou pra pensar como linguagem corporal combinada com a própria fala é uma coisa incrível? Como se fosse um reforço para que o interlocutor captasse a mensagem? Algumas pessoas devem achar isso desnecessário, e às vezes infantil, pois isso pode fazer com que a comunicação se torne mais lenta, mas eu pessoalmente acho fantástica essa linguagem mista.
   No audiovisual você pode encontrar exemplos dessa linguagem mista em diversas formas, mas a mais bacana é com certeza a junção da música com a linguagem verbal ou com movimentos (esta última é chamada de Mickey Mousing e eu inclusive citei ela na minha crítica de um dos melhores filmes do ano, Baby Driver: http://contraplongeereviews.blogspot.com.br/2017/08/baby-driver-is-it-best-of-edgar-wright.html, que fez um bom uso de juntar a letra da música com elementos em cena) Muitos não gostam disso, mas eu acho um recurso fascinante
   Em todos os meios comunicativos, é possível encontrar pessoas e grupos que fazem bom uso destas técnicas, como o próprio Edgar Wright, diretor de Baby Driver, Scott Pilgrim vs. The World e da trilogia Cornetto, e a banda americana OK Go, que é com certeza uma das que mais chama atenção pelos seus clipes extravagantes e quase que impossíveis de serem gravados que normalmente começam com a mesma mensagem: "Tudo o que vocês vão ver é real", cujo o clipe por si só é uma analogia visual com a letra da música.
   O premiado quarteto de rock de Los Angeles tem um currículo razoavelmente conhecido devido principalmente ao segundo álbum do grupo, "Oh No", no qual eles introduziram a produção de clipes altamente criativos, inclusive com o ganhador do Grammy de melhor videoclipe, "Here It Goes Again", o famoso vídeo da dança das esteiras que eu pessoalmente acho muito legal.
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   Passando por um processo criativo bem atípico e meticuloso, a banda pensa muito fora da caixa quando se trata em planejar os videoclipes, e isso foi inclusive o tema de várias músicas (e clipes), como "Upside Down & Inside Out", cujo clipe foi gravado em gravidade zero dentro de um daqueles aviões de carga especializados para este tipo de voo, criando uma analogia visual com a letra que diz "gravidade é apenas um hábito que você tem certeza que não pode quebrar", uma clara referência de você se prender nas ideias já impostas na sociedade e achar que não se pode fazer nada em relação a isso, ignorar o fato de que você é livre para pensar e agir.
   Esse texto deve estar parecendo como uma propaganda pra OK Go (e quem disse que não é?), mas na verdade eu quero divulgar o trabalho deles, que é muito genial mas não muito valorizado, já que não se vê por aí gente comentando como foi legal alguém criar um stop-motion a partir que um cortador a laser em centenas de torradas (sim, eles fizeram isso no clipe de "The Last Leaf") ou uma máquina de Rube Goldberg com mais de 130 elementos que incluía um carro e canhões de tinta ("This Too Shall Pass") ou uma coreografia LOKASSA de guarda-chuvas gravada em um estacionamento abandonado de Tóquio por um drone há 800 metros de altura ("I Won't Let You Down", esse último geral acha que é CGI, mas na verdade é real). Então uma banda que já alcançou tal nível de produção artística e você provavelmente nem saber o nome dela, você não sabe o que está perdendo, eles merecem muito mais público mesmo e é isso o que eu tô querendo buscar.
   Outra razão pra eu escrever isso é porque eu não assisti nenhum filme nos últimos dois dias então nem tem sobre o quê eu escrever crítica, mas isso não vem ao caso, apreciem o trabalho dos caras e depois me agradeçam.
   Se gostou (e eu nem sei como você vai conseguir, o texto de hoje ficou muito ruim, considerando que eu tô trabalhando nele há mais de uma hora), divulgue.

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