quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Batalha de Argel - Clássico Obrigatório

Batalha de Argel - Crítica em Portugas

   FALA AÍ GALERINHA, AQUI QUEM TÁ FALANDO É O LEO FILMEPLAYS. MAAAAIS UMA VEZ. E GALERA, HOJE EU TÔ AQUI COM UM FILMAÇO. BATALHA DE ARGEL. QUE FILME PIKA, MEU PARCEIRO. EU TÔ ADIANDO FAZER ESSA CRÍTICA FAZ MAIS DE DOIS MÊS. MAS VAMO LÁ.
   Essa é a segunda crítica retrô que eu faço. A primeira também foi o primeiro post do blog do meu filme mudo favorito, O Martírio de Joana d'Arc http://aspirantcinefilebrazil.blogspot.com.br/2017/08/passion-of-joan-darc-must-see-movie.html
   Batalha de Argel é um filme ítalo-argelino de 1966 sobre a tentativa de independência feita pelos argelinos contra os franceses. O filme conta a história desse grupo de guerrilha chamado Frente Nacional de Libertação que é liderada por Ali la Pointe, ai é sobre o exército francês tentando conter eles, mas eles são muito fodasticos e sempre estão um passo à frente dos europeus.
   Esse filme é perfeito em tantos aspectos, entretanto a história pode não ser muito interessante para muitos pois houve momentos que até mesmo eu não aguentava mais assistir (tanto é que eu precisei de dois meses pra terminar) e não prestava atenção no que tava acontecendo na tela. Mas eu admiro muito o trabalho do Pontecorvo pq é um longa muito elaborado e ele só teve 800 mil dinheiros pra gastar.
   Outro ponto que eu não diria que é fraco, mas que pode chatear alguns, é que o filme tem um ar muito documental, tudo nele parece algo filmado por um cinegrafista de noticiário. Até as fontes, a trilha sonora do Morricone e a narração de um cara que tem a voz parecida do Cid Moreira mostram isso
   O ponto mais forte, além da produção de qualidade com um baixo orçamento, são os personagens. Este é provavelmente um dos primeiros filmes com anti-heróis, a diferença é que os dois protagonistas são anti-heróis que se opõem e é difícil torcer pra algum deles pq os dois têm morais bem duvidosas.
   Fora isso, o filme também tem uma temática muito interessante. O racismo neocolonial não era nem um pouco algo de alta visibilidade e para muitos não era algo relevante. Esse filme tem cenas muito pesadas para a época expondo o racismo que acontecia, como a do menino de origem árabe sendo chutado por franceses de terno em um hipódromo. Guerrilha e contraguerrilha também são abordados no filme e isso foi muito interessante porque me lembrou das manifestações contra o fim da Ditadura Militar em 1985.
   Com temáticas peculiares para a época, uma produção magnífica com um orçamento baixíssimo, uma trilha sonora memorável e um bom diretor (e vários figurantes), se dá para fazer um clássico do cinema e o filme que mais representa isso é Batalha de Argel. É difícil dar uma nota pro filme sendo imparcial, então dessa vez eu não vou dar. É isso, pessoal, até a próxima, e tchau.

Agradecimentos:  Tiago Belotti, o cara que me inspirou a fazer críticas. Caso você leia isso, saiba que não foi por simples plágio que eu copiei a chamada final dos seus vídeos.

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