domingo, 29 de outubro de 2017

O Homem Elefante - O filme menos lyncheano do Lynch

O Homem Elefante - Crítica

   O Homem Elefante é um filme de 1980 dirigido por David Lynch (LOKASSO) e estrelado por John Hurt e Anthony Hopkins. É um dos maiores retratos de superação e solidariedade já apresentados na grande tela. O longa conta a história (baseada em fatos reais) de John Merrick, um homem com uma séria deformidade por todo o corpo que era parte de um show de horrores e foi resgatado pelo médico Trieves.
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   Este é provavelmente o maior sucesso popular do Lynch e também o filme onde sua marca registrada (o surrealismo, e às vezes simplesmente algo abstrato, exagerado) está menos presente. É claro que este continua sendo muito perturbador, inclusive a minha mãe assistiu a uma cena em específico e ela ficou pasmamente (essa palavra existe? Tá com aquela linhazinha vermelha embaixo, em todo caso vou deixar porque representa perfeitamente o que eu quero dizer)  enojada, chega a lembrar o horror cult "Freaks" de 1932.
   O Mise en scène é impecável, aliás, o filme é perfeito, tecnicamente, a direção de arte e figurino são autênticos bonitos, as atuações são maravilhosas, principalmente a do John Hurt como Merrick que é emocionante, a fotografia em preto e branco (sim, não foi só Touro Indomável que desenterrou o preto e branco pra dar um tom mais elegante para um filme de 1980) e a iluminação fraca traz à tona uma Londres do séc. XIX sombria e desconvidativa, o roteiro é bem escrito, de modo que vemos inicialmente o personagem de Merrick como um ser apático e uma simples aberração por si só, sem nenhum caráter ou identidade e aos poucos ele vai criando carisma até que em certos pontos da trama ele possa até fazer o espectador se emocionar e se esquecer de sua afeição, além de desejá-lo a sua presença nas cenas em que ele não está. Por fim mas não menos importante, talvez o mais importante, a maquiagem deste filme é uma das mais bem-feitas de todo o cinema e, com certeza, à frente de seu tempo.
   O filme funciona muito bem como um drama, mas ele tem um ar de suspense, inclusive, só vemos o rosto do personagem principal após a primeira meia hora, o que agoniza o espectador por não saber o que está para vir apesar das reações dos outros personagens, que são bem convincentes aliás. O que mais impressiona a direção do Lynch é que você não consegue ver ninguém mais dirigindo aquela bagaça senão ele. Eu, pessoalmente, não sou um grande fã dele, mas nesse filme ele se supera apesar deste ser um dos primeiros filmes dele.
   O Homem Elefante é emocionante, magnífico e perfeito tecnicamente. Nota 10 (e o Lynch por si só merecia ponto extra porque, honestamente, nem parece que foi obra dele devido a COERÊNCIA apresentada, coisa que falta na maioria dos filmes dele).

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Filmes melhores que Proerd

Filmes melhores que Proerd

Proerd, é o programa
Proerd, é a solução
Lutando contra as drogas
Ensinando a dizer não.

   Eu fiz Proerd com 8 anos e adivinhem, foi legal e muito útil (crianças, façam Proerd, fiquem longe das dorgas). O problema é que depois de um tempo, Proerd parece bem inútil. Por que? PORQUE PROERD É PRA CRIANÇA, quando chega na adolescência você fica retardado e acha que tudo é Topper (puta gíria bosta, aliás. Nem sei porque eu uso, acho que porque eu sou adolescente), inclusive dorgas (NÃO SÃO TODOS QUE ACHAM ISSO, MAS MUITOS SÃO ASSIM). Enfim, tem vários jeitos de ainda assim, na adolescência, ficar longe de coisa ruim, seja os seus pais te aconselhando, seja ficando longe das más influências, seja naturalmente (Ah...como assim? Tipo eu, que tenho síndrome de cimitarra, ou seja, eu tenho um pulmão bem menor que o outro. Se eu fumo qualquer coisa eu morro, aí eu já tenho na minha consciência que drogas me matam bem fácil). Mas um jeito TOPPER  de ficar longes de drogas são filmes. Filmes depressivos sobre como a vida com drogas é uma porra. Eis que são eles:

  • Trainspotting (1996)
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   O cultzera, queridinho da galera é com certeza o melhor filme escocês da história. O segundo filme do Danny Boyle (Quem Quer Ser Um Milionário, 127 Horas e a abertura das Olímpiadas de Londres em 2012) se trata sobre um grupo de amigos viciados em heroína e adivinha. A vida deles é uma porra. Você, menina que acha que drogas e bebida é legal, assista esse filme pra ver o que é um recém-nascido morto por descuido. Então escolham vida.

  • Requiem for a Dream (2000)
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   O filme mais triste que eu já ouvi (MANO, EU SOU MUITO BURRO, FILME VOCÊ ASSISTE, NÃO OUVE) até hoje. O segundo longa do Darren Aronofsky (Cisne Negro, Mãe!) fala sobre um bando de fudido nas drogas. O elenco é sensacional: Jared Leto, Jennifer Connely, Ellen Burstyn e o carinha das Branquelas que eu não sei o nome. O diferencial desse filme é com certeza a montagem. O Hip Hop Montage, criado pelo próprio Aronofsky, é quase que epiléptico. Imagina dezenas imagens com o mesmo significado com um contraste absurdo de cores e todas elas passando no mesmo segundo, isso é o Hip Hop Montage. Meninas, novamente (vou estereotipar agora), não tomem pílulas para emagrecer, senão vocês vão ficar loucas e precisar de lobotomia. Meninos, não usem heroína se o seu braço tiver todo ferrado, na verdade, não usem heroína nem qualquer tipo de droga.

  • Pulp Fiction (1994)
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   Não podia faltar Tarantino (dispensa apresentações). O segundo longa do Taranta foi produzido por Harvey Weinstein (que inclusive escrevi sobre o caso http://aspirantcinefilebrazil.blogspot.com.br/2017/10/hollywood-em-choque-industria.html) fala sobre drogas em geral e o que aquilo proporciona mas de um jeito engraçado, jocoso. Na verdade eu acho que eu só vou recomendar esse filme mesmo porque de cena pesada aqui só tem a da Uma Thurman tendo uma overdose.
  • Basketball Diaries
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   Leo diCaprio rumo ao auge, Mark Whalberg no início da carreira e MUITA heroína. O que pode dar errado? É a mesma coisa do Trainspotting, mas o personagem é um garoto até que normalzinho, pratica esporte e tudo mais, mas é a tal da pressão dos adultos sobre as crianças. Então pais: seus filhos são maravilhosos. E filhos: não usem drogas.

   Assistam a todos esses filmes pra ficarem longe das drogas (ou não, simplesmente assistam por assistir, por diversão, todos estes são ótimos filmes, tecnicamente falando) porque, como drogas tem uma consequência boa a curtíssimo prazo, mas o resto da sua vida vai ser um lixo depois disso. Então é isso. Como vocês já devem ter percebido, eu não sei encerrar os textos com alguma frase de efeito ou alguma coisa assim, então eu só vou desejar a vocês uma semana muito Topper ou então deixem nos comentários alguma sugestão de frase de efeito para por no final. Se você chegou até aqui é porque tem muita paciência, então não vai afetar em nada no seu dia você divulgar esse blog para quem você conhece e acha que vai gostar daqui (despreze a Teoria do Caos, ela não vem ao caso aqui).

Agradecimentos especiais: Leão do Proerd

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A Separation - Review

A Separation - Can an Eastern movie be made for Western people

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   I'm not in the mood to write anything right now, but I won't be able to write nothing else until Monday because I'm going to be camping.
   A Separation is an Iranian movie from Asghar Farhadi, the same director from "The Salesman" and "About Elly". It's about a couple that is getting divorced, the ex-husband's father has Alzheimer, so he needs support to take care of his father while he works, the ex-wife finds a woman to be the caregiver and this results on serious accusations and a thrilling mystery.
   The movie is slow, and the lack of soundtrack doesn't improve it. Therefore, the feature might not ideal for 50% of the public (that's the only flaw in the whole fim). However, it isn't monotone because there's always something to be shown. It's the typical well-written independent drama for the Western public. Actually, the whole movie is kind of a representation of the Iranian culture in two points of view, the view of a poor and traditional family and the view of the middle-upper class quite a bit more liberal.
   The difference of it from other similar features is the subjective willingness that Farhadi has of making this film for the Western people in order to help them to understand the Iranian culture. Not that the film is a pretext for this, but it's really (maybe even unwillingly) pedagogical.
   All the acting are fantastic, principally Peyman Moaadi's, who actually conviced me looking for both sides although is evident he was wrong and the four actresses, highlighting the small Hosseini (Somayeh), who doesn't even look like is acting, she seemd that was always playing on the set and making children stuff.
   Thrilling and gripping as a Hitchcock classic with a cultural subtext, A Separation is the best Iranian movie of all time.
   Goddammit, this review is a piece of shit, the worst I've ever written. Bye, 9.5/10

domingo, 15 de outubro de 2017

Hollywood em choque

Hollywood em choque

   A indústria cinematográfica parou esta semana, e infelizmente não foi por causa de um lançamento de um longa soberbo ou uma grande revelação de cineasta ou roteirista. Foi devido a uma grande autoridade dentro de Hollywood que foi acusada de estupro e assédio sexual.
   Harvey Weinstein, co-fundador da Miramax (que fez dezenas dos meus filmes favoritos) e grande produtor de obras-primas independentes foi acusado de assédio sexual e estupro por um número cada vez maior de celebridades mulheres. Estas acusações já lhe renderam o total desprezo popular e uma expulsão da Academia (ele havia ganho um Oscar de Melhor Filme por "Shakespeare Apaixonado"), algo que não acontecia há MUUITO tempo.
   Esta é uma comparação bastante desonrada, mas, na minha visão, Weinstein é o Polanski da nossa época (vários dos leitores da página não tem um conhecimento muito profundo sobre os bastidores da indústria cinematográfica, mas em síntese, o diretor de "O Pianista", Roman Polanski, foi acusado de pedofilia nos anos 70), não que esteja pondo ambos em alguma espécie de posição social, mas há um certo tipo de correlação entre esses monstros.
   O que mais chocou, não foi isso, foi que muitos sabiam disso (tanto é que há entrevistas com Courtney Love e o elenco de Os Goonies depois de crescidos falando sobre os perigos de Harvey e de pedófilos dentro da indústria). Segundo as vítimas, isso acontecia desde os anos 80 e na época elas sabiam que, primeiramente, elas entrariam na lista negra de Hollywood e seriam demitidas, segundo que não teriam nenhum apoio da mídia ou de qualquer um (além do mais, o Polanski nunca foi preso). E por causa dessa ciência geral, vários gigantes do cinema da atualidade que, contraditoriamente não sabiam, estão duplamente chocado porque Weinstein era um grande amigo de todos. Tarantino, Meryl Streep, Woody Allen e Ben Affleck (menos o James Corden que trabalhou com ele em 2013, mas isso é um caso a parte), ainda não conseguiram se recuperar e provavelmente é por isso que eles ainda não deram nenhum depoimento.
   O que falta agora é saber se ele vai ser preso, já que pessoas com alto poder aquisitivo e social (pra não dizer os figurões da sociedade) quase sempre escapam do encarceramento, exatamente o que o Donald Trump disse naquela gravação, que famosos podem fazer o que quiser com mulheres. Havia a expectativa de que em 2017 estaríamos bem mais a frente, os carros voariam e não haveria fome, mas parece que o ser humano está proporcionalmente regredindo, estamos entrando em uma realidade cyberpunk onde a lei é vaga e fraca. Eu não quero um mundo onde crimes hediondos são cometidos e nada demais acontece sobre isso. A omissão pode acabar com vidas. Compartilhe o link deste post caso você ache o mesmo relevante para a atualidade pois somos muito pequenos individualmente para fazer alguma transformação nessa sociedade injusta e impune.
   Concluo o texto, que teve de ser escrito às pressas devido a produção de um post a parte, com esta tirinha que diz tudo.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

DHMIS - From Bad to Worse

DHMIS - How to transform the vulgar in appreciated art

   Don't Hug Me I'm Scared is an animated British animated series of 6 chapters that started in 2011. It's probably one of the weirdest things on Internet. It's about three friends, a yellow man with blue mohican, a green duck/penguin and a furry red thing and on each chapter a trivial theme is addressed in a creepy way. Just like many other webseries, DHMIS's first episode is just random and creepy, but as the chapters go, a story starts to flow and in the end of the last chapter (sixth) we watch a distressing ending.
   It's visible to see traces of surrealism, actually, the series is Surrealistic and this helped to make it viral, because the two creators did an excellent job turning the vulgar on funny and appreciated art (well, British humor). But, how can this be possible? The answer: Tarantino. Hold on, I'll explain. Quentin Tarantino gourmetized the violence and dark humor, therefore, everything with the same things that are presented on his movies can easily become viral, principally with animations because they used a popular format for children, opposing the potential innocence, such as Rick and Morty, DHMIS, 12 days of elves and Happy Tree Friends.

Is DHMIS logical? SPOILER ALERT

   There are theories on the Internet solving the series, the most accepted one is that, according to the wiki fandom, "A man named Roy he puts his son, Yellow Guy, and his friends, Duck and Red Guy, into a learning place, or as said in the interview, the punish-land. This is where he is supposed to learn things, but they always end up in flames", but I have my own theory (dammit, the font accidentally changed, but I'm too lazy to turn it back again, so just relax and enjoy larger letters). My theory affirms that actually, the three friends are drug addicted and Roy put them on this rehab clinic, there they are subjected to an experimental treatment with heavy medications and the collateral effect of these are hallucinations, then the red one is mentally healed and finds a real job, he is still in an abstinence crisis because of the lack of medication, then he finds Roy that asks him to cancel the treatment because his son is suffering, meanwhile the duck is almost dying (just like he was been eaten), then the red one cancels the treatment and everything starts again because they get addicted to another drug, what explains why they are with different colors.
   I don't know what motivated the creators to make something so creepy, I don't want, as well, because it probably might be something creepier than the animations itself. The only thing that we must carry on through our lives is that WE NEED TO THINK CREATIVELY.
Special Thanks, Samuel and Beatriz

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Batalha de Argel - Clássico Obrigatório

Batalha de Argel - Crítica em Portugas

   FALA AÍ GALERINHA, AQUI QUEM TÁ FALANDO É O LEO FILMEPLAYS. MAAAAIS UMA VEZ. E GALERA, HOJE EU TÔ AQUI COM UM FILMAÇO. BATALHA DE ARGEL. QUE FILME PIKA, MEU PARCEIRO. EU TÔ ADIANDO FAZER ESSA CRÍTICA FAZ MAIS DE DOIS MÊS. MAS VAMO LÁ.
   Essa é a segunda crítica retrô que eu faço. A primeira também foi o primeiro post do blog do meu filme mudo favorito, O Martírio de Joana d'Arc http://aspirantcinefilebrazil.blogspot.com.br/2017/08/passion-of-joan-darc-must-see-movie.html
   Batalha de Argel é um filme ítalo-argelino de 1966 sobre a tentativa de independência feita pelos argelinos contra os franceses. O filme conta a história desse grupo de guerrilha chamado Frente Nacional de Libertação que é liderada por Ali la Pointe, ai é sobre o exército francês tentando conter eles, mas eles são muito fodasticos e sempre estão um passo à frente dos europeus.
   Esse filme é perfeito em tantos aspectos, entretanto a história pode não ser muito interessante para muitos pois houve momentos que até mesmo eu não aguentava mais assistir (tanto é que eu precisei de dois meses pra terminar) e não prestava atenção no que tava acontecendo na tela. Mas eu admiro muito o trabalho do Pontecorvo pq é um longa muito elaborado e ele só teve 800 mil dinheiros pra gastar.
   Outro ponto que eu não diria que é fraco, mas que pode chatear alguns, é que o filme tem um ar muito documental, tudo nele parece algo filmado por um cinegrafista de noticiário. Até as fontes, a trilha sonora do Morricone e a narração de um cara que tem a voz parecida do Cid Moreira mostram isso
   O ponto mais forte, além da produção de qualidade com um baixo orçamento, são os personagens. Este é provavelmente um dos primeiros filmes com anti-heróis, a diferença é que os dois protagonistas são anti-heróis que se opõem e é difícil torcer pra algum deles pq os dois têm morais bem duvidosas.
   Fora isso, o filme também tem uma temática muito interessante. O racismo neocolonial não era nem um pouco algo de alta visibilidade e para muitos não era algo relevante. Esse filme tem cenas muito pesadas para a época expondo o racismo que acontecia, como a do menino de origem árabe sendo chutado por franceses de terno em um hipódromo. Guerrilha e contraguerrilha também são abordados no filme e isso foi muito interessante porque me lembrou das manifestações contra o fim da Ditadura Militar em 1985.
   Com temáticas peculiares para a época, uma produção magnífica com um orçamento baixíssimo, uma trilha sonora memorável e um bom diretor (e vários figurantes), se dá para fazer um clássico do cinema e o filme que mais representa isso é Batalha de Argel. É difícil dar uma nota pro filme sendo imparcial, então dessa vez eu não vou dar. É isso, pessoal, até a próxima, e tchau.

Agradecimentos:  Tiago Belotti, o cara que me inspirou a fazer críticas. Caso você leia isso, saiba que não foi por simples plágio que eu copiei a chamada final dos seus vídeos.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Blade Runner 2049 - Review

Blade Runner 2049 - Villeneuve overcame my expectations

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   Yesterday I watched the best science fiction from this year, Blade Runner 2049. The sequel of the classical from the 80s overcame my expectations even though I knew Denis Villeneuve, one my fav filmmakers from the new generation of directors, would be stunning on the direction of this contemporary masterpiece. What I recommend is to watch the feature in the biggest theatre room possible in 3D and at the first roll of chairs because the film is so fucking immersive and this conditions will just improve your experience. Just be careful to babies crying and people you hate by your side (unfortunately these things appeared to bother me).

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 VILLENEUVE GENIUS
   Firstly, I'd like to say that I saw the movie without watching the short films available, so I don't know pretty well the pre-plot of the film. The plot itself is really simple, Tyrell went bankrupt just like their replicants, so another Corp, Wallace, decided to take over some assets from Tyrell and produces Replicants who obey and some of them work in LAPD as, guess what, Blade Runners (Mind Blow number 1) and one of them, K (Ryan Gosling) finds out during a job that a Replicant had  a baby and is his mission to figure out who this particular child is.
   Earlier I mentioned that I was concerned this sequel would be unnecessary and it should ruin Villeneuve's career, but he overcame all my expectations. In an age of jump cuts and pyrotechnics in science fictions (coff...coff, Michael Bay), Blade Runner 2049 has a moderate and wise use of CGI and we can DO count to three before the next cut, opposing this current trending and is still one of the most thrilling movies of 2017 and was the first movie that blowed my mind in ages.
   Technically speaking, the film is almost flawless, only one script hole bothered me. Roger Deakins' cinematography takes advantage from the "Future Noir" concept that was created in the first movie (even though this one isn't Noir-er) and I think THIS TIME he wins the Oscar, after 13 fails. The Original Score is probably the biggest collaboration between composers and it DO reminded me the psychedelic atmosphere created by Vangelis in the 80s, the art design is unwelcoming but spotless and very authentic, the performances are great and this is the redemption Jared Leto was seeking, because he has small role, but we think he's always in scene. Less but not least, Villeneuve's trademark, the subjectivity, adds the spice that was missing in the movie, principally at the ending of the movie.
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DEAKINS'
   Blade Runner 2049 is as philosophical as the first feature and as immersive too, has a great vision of the future know that we know communication is the industry that is developing the most (I can't wait to see a real Joi) and is mind blowing. Gives dozens of references from thie first movie and some questions that won't be answered (there won't have more sequels), but it's only a well-made point to the public. Surely the movie will become a classic in the future. 9.8/10

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

The Before Trilogy - One of the best trilogies ever

The Before Trilogy - One of the best trilogies ever

   As I said on another post I wrote in August about Linklater  (http://aspirantcinefilebrazil.blogspot.com.br/2017/08/richard-linklater-how-he-makes-his.html), I love the Before Trilogy and Before Sunrise is one of the cutest movies ever made in my opinion (maybe because I saw Requiem of a Dream before Before Sunrise, any film would become one of the cutest movies ever made after watching Requiem for a Dream), so I woke up and decided to write about it this afternoon.
   Here I'll analize each of the three movies and tell what I like the most about them.
   Firstly I'd like to say that all the films have the same quality level, but I do have a favorite one and one I don't like that much.

 Before Sunrise

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   The first movie's plot is something like this: an American young man called Jesse (Ethan Hawke) and a French young woman called Céline (Julie Delpy) meet in a train and start to talk and they feel a "connection" (typical), so when the train arrives in Vienna, Jesse suggests "Hey, what if we pass the rest of the day in Vienna because I'll regret after...and you too", Céline accepts and the whole movie is long conversation of them both about their lives, philosophy and day-by-day random facts.
   This is my favorite one because is by far the cutest, Ethan Hawke is charming AF and I love love stories about the beggining of a relationship. This feature is also responsible for many iconical moments in romances. Such as the ferris wheel scene that they're watching the sunset.

Before Sunset

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   The second movie is a bit more natural but at the same time, the most irrealistic one. Why do I say this? Because in this movie the dialogues are more real than ever, but the coincidence that is the plot of this movie is really illogical. SPOILER ALERT: "Oh, look, that guy I don't see since '94, I'll talk to him". END OF SPOILER. Nevertheless the film is good and it shows life just like it is. The plot is basically them both walking in Paris and talking what happened since the last time they met. The greatest achievement of the feature are the great performances of the cast.

Before Midnight

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   As I said before, all the movies have the same level of quality and I have this feeling in my mind that every sequel will result in a terible sequence of the last masterpiece. However, here is different, leading Before Midnight to a masterpiece status. I think that this happened because the actors also wrote the screenplay with Linklater, so this helped to support the idea of humanity on the characters. Who can even forget the ultrarrealistic argument scene? Or the lunch Niilist discussion scene? E-V-E-R-Y F-R-E-A-K-I-N-G F-R-A-M-E A-N-D L-I-N-E O-F T-H-I-S T-R-I-L-O-G-Y M-U-S-T B-E A-P-P-R-E-C-I-A-T-E-D.
   I think you got my point of view, but more important than that, you received amazing suggestion of romances that fits really well for guys and gals and I hope you watch it if you hadn't watched yet. Please, comment in the end which of those you prefer.

Special Thanks (Damn, a long time since I don't do this), Sofia, my friend who found out today I have this blog.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Bob Esponja - Como estragaram a melhor coisa na minha infância

Bob Esponja - Como estragaram a melhor coisa na minha infância

   Desde que eu me conheço por gente, eu assisto Bob Esponja. Comecei assistindo na TV Globinho quando eu ainda estudava de tarde, aí parou de passar na TV Globinho e eu descobri que o desenho também passava na Nick, aí eu fiquei bem feliz, mas enfim, vamos direto ao ponto. EU NÃO SEI O QUE ACONTECEU, se foi uma mudança na administração, mas por algum motivo, Bob Esponja foi se tornando cada vez pior e hoje, posso dizer que eles estragaram o programa. Eu tenho uma irmã e um irmão mais novos e eu vejo eles não prestando nem um pouco no Bob Esponja novo quando tá passando e fico imaginando "Esse não é o verdadeiro Bob Esponja, por isso que eles não estão prestando atenção, se fosse um episódio raiz, eles estariam vidrados, que nem eu ficava" e eu penso nisso com certeza porque eu mostrei pra eles os primeiros episódios e eles gargalhavam com aquilo. Em síntese, eles estragaram a melhor coisa na minha infância, aquele tempero especial que faltava na hora do almoço.
   Os novos episódios não são de todo mal, alguns são engraçadinhos, mas acredito eu que a série não evoluiu com os espectadores mais antigos, diferentemente de Hora de Aventura, qualquer coisa do Hanna & Barbera e Rick and Morty (por falar nisso, com o fim da terceira temporada, ando pensando em escrever sobre a série) fizeram. Menos mau se fosse apenas Bob Esponja que só houvesse cometido esse erro, mas Padrinhos Mágicos e Família da Pesada também fizeram isso.
   Enfim, o meu ponto é esse, agora eu vou comparar episódios antigos com os novos pra ver se vocês me entendem mais ainda.
   O meu episódio favorito de Bob Esponja, e talvez o seu também, é Band Geeks, que é aquele episódio onde o Lula Molusco aosta com o Squilliam Fancyson que ele tem uma banda muito melhor que a dele, mas aí ele percebe na furada em que ele se meteu, aí ele tenta "musicalizar" todos da Fenda do Biquíni num auditório, que é onde acontece uma das cenas mais memêmicas de Bob Esponja, que é quando o Patrick levanta a mão pra perguntar "Maionese é um instrumento musical?",mas aí o Lula Molusco desiste de ensinar múscia ropovo porque eles são um caso perdido, aí na tarde do concerto o Squilliam pergunta pro Lula Molusco se ele tá pronto pra perder e o Lula Molusco dá uma resposta muito sombria as quando eu penso nela hoje em dia eu já começo a rir:"Não vai dar pra eu apresentar porque a minha banda inteira morreu num acidente de carro". Só que a banda tá toda atrás dele. Eis que se inicia a cena mais memênica e épica de Bob Esponja: eles iniciam a apresentação numa redoma em um estádio de futebol americano, aí o Lula Molusco, o maestro ergue a baquetinha dele com muito medo e eis que o maior plot twist acontece, eles fazem uma apresentação sensacional da música "Sweet Victory".

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   Enquanto isso, em 2012 foi produzido o último episódio bom da série, e olhe lá que não é muita boa coisa não. Tem essa mesma vibe musical do Band Geeks. O episódio é Hello Bikini Bottom! O episódio fala sobre o Lula Molusco e o Bob Esponja se tornando grandes músicos, aí um grande produtor vê potencial neles e organiza uma turnê mundial, mas aí o Seu Sirigueijo, que é pra mim um canalha, que não respeita nenhum dos Direitos Humanos, devia ir pro inferno esse escroto, ele pede pra tomar conta da turnê, mas aí ele fode tudo porque é o Seu Sirigueijo. No fim acontece a última coisa boa de Bob Esponja, uma canção muito bonita e emocionante.
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   Porque que eu falei que esse episódio não é um bom episódio no geral? Pelas três coisas que estragaram o desenho:
  1. Ambientação: ao decorrer da série parou de se ver aquela Fenda do Biquíni clássica e meio confusa, por volta desse episódio pra frente, a Fenda do Biquíni ficou bem maior, o que tirou todo aquele charme daquele frame clássico da Fenda do Biquíni como uma cidade pequenininha com poucos moradores. Nesse episódio não é diferente;
  2. Trilha sonora: a trilha sonora de Bob Esponja é uma das mais caricatas da TV, meio havaiana, meio pirata e às vezes bastante minimalista (sem contar com as músicas originais, que nem a desse episódio), a diferença é que antes a trilha sonora era usada com uma frequência moderada e no timing correto. Hoje não, sempre que o Bob ou o Plankton, principalmente, está fazendo algo escondido, a mesma música que remete à coisas secretas toca, tirando todo o ar de fundo do mar e de aventuras divertidas;
  3. A introdução desnecessárias de personagens rasos sem focar nos principais: o maior erro dos últimos episódios foi esse, deixar de focar nos personagens principais para focar em personagens rasos que nunca mais aparecerão. Neste episódio essa conquista vai ao produtor que sugere a carreira musical de Bob e Lula Molusco como uma dupla.
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   Stephen Hillenburg, o criador do programa, já abandonou Bob Esponja (provavelmente depois do Bob Esponja: O Filme, que era quando a série deveria ter acabado, o final canônico do programa), então acredito eu que ele sabe de como a série está ruim. Mas agora, eu não acredito que tem mais volta porque ele foi diagnosticado com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), o que simplesmente impede ele de desenhar ou escrever, então acho que isso é um adeus para o bom Bob Esponja que conhecíamos.