"Os Incríveis 2" foi capaz de superar nossas expectativas?
É muito esperado quando um filme que marcou uma geração inteira decide fazer uma continuação (e muito receio envolvido para saber se a qualidade da sequência será igual ou maior ao trabalho original). Felizmente "Os Incríveis 2" supera as expectativas até dos mais otimistas e saudosistas.
Além do primeiro ato sanar algumas perguntas que ficaram abertas no desfecho do primeiro filme, como quem era o Underminer, se o JackJack realmente adquiriu superpoderes ou o que houve com Tody Rydinger, ele também levanta questionamentos pesados mas abordados de forma leve e bem-humorada para que todos os públicos entendam, como "Até que ponto o que é legal também é moral?" e críticas ao sistema de educação norte-americano.
É também bastante visível que o cenário voltado ao "American Way of Life" dos anos 50 que aparece no primeiro filme permaneceu na sequência. Figurinos e fotografia, com paleta de cores repleta de tons mais pasteis das obras de publicidade daquela época, também ajudam a identificar essa homenagem àquela época, assim como a trilha sonora, cujos temas são repletos de metais.
Quem também não mudou foi Brad Bird, o realizador. De 2004 pra agora ele buscou não saturar a fórmula PIXAR de roteiro (exceto em "Ratatouille", também de Bird) até seu novo longa. Ao contrário do que muitos pensavam esta saturação não é ruim como um todo. Sim, vemos mais do mesmo (personagens de mentalidades opostas aprendendo lições sobre a vida e descobrindo novas habilidades), mas "Os Incríveis" foi um dos casos mais bem-sucedidos com o uso desta fórmula, sendo assim injusto (pra não dizer também que seria burrice) sua sequência vir com uma proposta narrativa completamente diferente. Mas então, o que exatamente não nos cansa dessa fórmula nesse filme? A resposta é bem clara: o desenvolvimento dos personagens. "Os Incríveis 2" possui vários coadjuvantes e permite ao público saber ao menos um pouco sobre cada um (principalmente as motivações do antagonista, algo que não via ser tão bem executado desde "Toy Story 3"), o que talvez seja a maior virtude da sequência.
Além do primeiro ato sanar algumas perguntas que ficaram abertas no desfecho do primeiro filme, como quem era o Underminer, se o JackJack realmente adquiriu superpoderes ou o que houve com Tody Rydinger, ele também levanta questionamentos pesados mas abordados de forma leve e bem-humorada para que todos os públicos entendam, como "Até que ponto o que é legal também é moral?" e críticas ao sistema de educação norte-americano.
É também bastante visível que o cenário voltado ao "American Way of Life" dos anos 50 que aparece no primeiro filme permaneceu na sequência. Figurinos e fotografia, com paleta de cores repleta de tons mais pasteis das obras de publicidade daquela época, também ajudam a identificar essa homenagem àquela época, assim como a trilha sonora, cujos temas são repletos de metais.
Quem também não mudou foi Brad Bird, o realizador. De 2004 pra agora ele buscou não saturar a fórmula PIXAR de roteiro (exceto em "Ratatouille", também de Bird) até seu novo longa. Ao contrário do que muitos pensavam esta saturação não é ruim como um todo. Sim, vemos mais do mesmo (personagens de mentalidades opostas aprendendo lições sobre a vida e descobrindo novas habilidades), mas "Os Incríveis" foi um dos casos mais bem-sucedidos com o uso desta fórmula, sendo assim injusto (pra não dizer também que seria burrice) sua sequência vir com uma proposta narrativa completamente diferente. Mas então, o que exatamente não nos cansa dessa fórmula nesse filme? A resposta é bem clara: o desenvolvimento dos personagens. "Os Incríveis 2" possui vários coadjuvantes e permite ao público saber ao menos um pouco sobre cada um (principalmente as motivações do antagonista, algo que não via ser tão bem executado desde "Toy Story 3"), o que talvez seja a maior virtude da sequência.
É difícil apontar "Os Incríveis 2" como o melhor filme da PIXAR, ou até mesmo decidir se a continuação é melhor do que o filme que deu origem a este, mas supera todas as suas expectativas com sua qualidade técnica e narrativa, ainda que esta pese um pouco por quase não renovar em nenhum aspecto a fórmula PIXAR, que aos poucos vem se tornando tão batida quanto a da Marvel.